Cap. 289
McQueen toma relutante seu banho, Westwood, já banhado (também relutantemente) é conduzido até à cabana de Lua da Raposa.
Suas roupas estão enroladas dentro de uma bolsa de couro cheia de folhas e ele foi vestido com uma espécie de bata ornamentada com pinturas e pedras.
O padre entra e encontra a proprietária em meio a três corpos caídos. Só então ele percebe que está sem suas armas.
— O que está acontecendo aqui? – pergunta o homem, tentando retomar o controle do que acontece em sua vida.
Lua, serenamente: — Seus amigos estão dormindo e meu neto está tentando não morrer. Minha vez de perguntar: Por que você está vestindo com o manto do nascimento?
O padre olha surpreso e ela continua:
— Essa é a roupa cerimonial para quando uma nativa terá mais de um filho de uma só vez.
Westwood finalmente entende porque os indígenas riam tanto quando deram a ele as roupas. Ele tenta se justificar:
— Foi o que me deram para vestir depois do banho.
Lua: — Você tomou o banho com carrapichos?
Padre: — Sim.
Lua: — Junto com Dente de Lobo?
Padre: — Acho que sim.
Lua: — Podem achar que você esteja carregando um filho dele agora.
Westwood realmente lamenta estar sem suas armas e começa a arrancar seu traje de gestante.
Lua adverte: — Melhor não vestir suas roupas ainda.
O padre se detém e a mulher explica:
— Precisam dois dias para as ervas limparem direito e não dar mais coceira.
O homem avalia os prós e contras e a anciã oferece uma solução:
— Posso lhe dar roupas de meu marido. Ficarão pequenas em você, mas devem cobrir o necessário.
— Que seja. – concorda um cansado e faminto padre.
Lua: — Sente um pouco. Pegarei as roupas assim que terminar de passar esse óleo pelo corpo de meu neto.
Westwood: — Vai demorar?
Lua: — Se estiver com pressa, pode passar o óleo nele enquanto eu procuro as roupas.
Padre: — Vou esperar aqui.
Mais uma vez, Lua da Raposa já sabia a resposta, assim como sabe que seu novo hóspede não conseguirá esperar pacientemente e em silêncio.
— Não gostaria de comer um resto de abóbora cozida com truta enquanto espera? – oferece gentilmente a doce senhora.